Onde
olho pro lado e só vejo “restos” de pessoas, restos de alegria, restos... Olho
pro lado e não vejo ninguém, sinto a solidão. Me lembro do cheiro de alegria,
me lembro do gosto da presença de Deus, lembranças, a fé que se foi. Não
consigo identificar o que estou sentindo no momento e nem sei se estou sentindo
algo, tudo se foi, e quando eu pensei que não agüentava mais eu parei de
buscar, acabei desistindo de sentir. De sentir a presença do Pai aqui comigo e
então a partir do momento que larguei a Deus o deserto veio e esse sentimento,
a solidão, me cercou.
Caminho
nesse deserto faz um tempo, no meio dessa escuridão onde tenho alucinações.
Alucinações onde estou feliz, onde acho que quem aparece do meu lado não vai
mais embora, vai virar irmão. Nessas alucinações parece tudo tão mais fácil,
tudo tão simples. Sinto os aromas que me despertavam, me faziam bem. Sinto o
cheiro, o gosto da presença de Deus, mas também sinto o cheiro e gosto do mundo
e nessas alucinações o que mais me atrai é o mundo. A felicidade mais
“instantânea”, sem lutas, tudo mais fácil. Mais são ilusões, elas passam e eu
volto, volto ao meu deserto inicial onde estou presa. Presa porque quero, por
escolha própria, por renegar quem quis me dar a felicidade verdadeira.
Estou a
tanto tempo caminhando nesse deserto, sem direção nenhuma, sem rumo, sem
bússola para me orientar. Sinto que algo esta me faltando, nesse seco deserto a
minha sede aumenta cada vez mais, essa sede que nem água mata. A sede de
renovo, sede de sair dessa escuridão. Eu cansei, mas não sei para onde ir. Não
sei como buscar, ou como expressar.
As
lembranças me matam aos poucos, as ótimas lembranças. E a culpa por ter
escolhido o caminho errado, a culpa por escolher o caminho que me levou ao
deserto, escuridão, tristeza.
As
ilusões voltam. E eu, desta vez me agarro a Deus, cansei do deserto, cansei de
caminhar sem rumo. Acabei de descobrir que com Deus não existe ilusões, existe
a verdade. A verdade, que aos olhos do mundo são ilusões. E eu estava com esses
olhos. Me agarrei nas verdade de Deus, era isso que eu precisava. Era com essa sede
que eu estava, sede de Deus!
Ele me
tirou do deserto. Ele me trouxe a luz. Ele não me deixa sozinha, trouxe pessoas
para estarem ao meu lado. Trouxe vida, renovo, paz, alegria, a musica voltou, a
dança também, sorriso verdadeiro nos lábios, a fonte de vida, a vida nova. E
mesmo me sentindo fraca, estou forte, porque o Senhor dos senhores me resgatou
do deserto. E Ele, que sempre esteve a minha espera, agora me pega no colo. O
que era antes o deserto hoje é um jardim. O que antes era escuridão, hoje é
luz. As trevas acabaram, as cores voltaram. E o que antes era solidão, agora
são os braços do Pai.
E você? o que vai escolher, a ilusão do mundo ou a verdade de Deus? o deserto ou o jardim?
E você? o que vai escolher, a ilusão do mundo ou a verdade de Deus? o deserto ou o jardim?
Nenhum comentário:
Postar um comentário